Uma amiga de longa data (Anne Frank)
- Leo Kenji
- 10 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
Nanette Blitz Koing é conhecida por ter sido uma amiga de Anne Frank. ela nasceu em 6 de abril de 1929, em Amsterdã, Holanda, filha de Martijn Willem Blitz e Helene Victoria Davids. Ela teve dois irmãos, o mais velho se chamava Bernard Martijn e o mais novo, Willem.
Sua família era de origem judia e seu pai trabalhava no Banco de Amsterdã. A partir de maio de 1940, a Holanda foi ocupada pelo exército alemão e os nazistas começam a perseguir os judeus. No início de outubro de 1941, os alunos judeus tinham que frequentar escolas separadas e é nessa ocasião que Nanette torna-se colega de classe de Anne Frank, no Liceu Judaico.
Em setembro de 1943, a família Blitz é presa e levada para o campo de transição de Westerbork. Em 15 de fevereiro de 1944, eles são deportados para o campo de concentração de Bergen-Belsen. No final de novembro de 1944, o pai de Nanette morre, e no início de dezembro, o irmão de Nanette e sua mãe são transferidos de Bergen-Belsen e ela permanece sozinha. Seu irmão morre no campo de concentração de Oranienburg, e sua mãe é deportada para uma mina de sal em Beendorf para trabalho escravo, vindo a falecer em abril de 1945 durante uma viagem de trem que tinha destino a Suécia.
Em 1945, Nanette é enviada para outra parte do campo de Bergen-Belsen, conhecida. De lá, ela vê Anne no chamado "campo grande de mulheres", através da cerca de arame farpado. Estes dois campos tornam-se um só, depois que a cerca de arame farpado é retirada, em 1945. Nanette procura por Anne e se encontra com ela e sua irmã, Margot. Nanette sobrevive a Bergen-Belsen e é salva pelo major britânico Leonard Berney. Depois da guerra, ela passou três anos hospitalizada por ter contraído tifo, doença que matou Anne Frank. Nesta época, ela recebe do pai de Anne, Otto Frank, e um exemplar do livro escrito pela filha. Quando se recuperou, foi morar na Inglaterra, onde conheceu o atual marido, John Konig, que é húngaro. Em 1953, os dois se casaram e mudaram para o Brasil logo em seguida.
Atualmente, Nanette dá palestras de conscientização sobre sua vida e o holocausto. Em 2015, ela escreveu o livro "Eu Sobrevivi ao Holocausto", onde conta em detalhes o que passou durante a guerra.

Ela também apareceu no Fantastico, o link está logo abaixo: